DEFINIÇÃO
Maurilo Rezende

És a folha que o outono já levou
Eternamente para além de mim,
Quem meu peito na Terra mais amou,
Quem fez com que esse Amor tivesse fim.

A ferida que nunca mais sarou,
Quem optou pelo não pensando em sim,
A minha parte que não mais eu sou,
Quem o universo deixou triste assim...

Frações de um paraíso abandonado,
Quem deveria estar mais deste lado
Para tudo fazer sentido, então...

O real significado da saudade...
És esta dor atroz que já me invade,
És a mão que soltou a minha mão...

 

 



Folhas de outono
Edir Pina de Barros

És a mão que escapou de minha mão
nas trilhas tão errantes desta vida,
recordação mais terna e mais querida,
meu bem querer, o grande amor, paixão.
 
E segurar, tentei, mas foi em vão...
Sem ti fiquei mais só e mais perdida,
tornei-me folha seca, ali, caída
em meio a tantas outras sobre o chão.
 
Olhando-te, querido, a soluçar,
distante, tão distante, então, fiquei,
partiste, sob a chuva fria e esparsa.
 
Sentindo em minha mão o teu pulsar,
nos lábios tantos beijos que não dei,
eu vi nascer a dor que assim me esgarça.
 
Brasília, 7 de Novembro de 2011.
Seivas d'alma, pg. 44

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/11/2011
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T3321440
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