Sofismável

Vejo o quarto de Arles, e não esqueço, o dom.

As artimanhas do inimigo são furiosas: Armam-se laços.

Eu não tenho receio, e rumo ao incerto, choro, e rio

As páginas em branco da minha vida: arquitetada

Nos sonhos, nas mentes, nas brechas, nas florestas.

Hoje o dia é lúgubre, e ferino, eu ouço as valsas vienenses

E redescubro, o antes, o depois, e ressinto seu sofisma

Obscuro, inapto, e voluptuoso...esprimido entre o sim e o não.

Melancolia é um delírio da alma que chora as perdas.

Insofismável meu caráter grita por Justiça: Rezo

Atrevidos... os apelos dos incautos ressurgem.

Melancolia é um delírio que faz chorar, e redime

E os apunhalados, serão felizes um dia sim.

A paz virá, sem mesmo, você desejar, e fim,.

Uma homenagem a mim e a Van Gogh.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 06/11/2011
Código do texto: T3320415
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