A MORTE DO MUNDO
Temos o sol e a lua, dia noite e noite dia,
Cegados nesta luz a qual tu se transfigura,
Ás tristes mortes nas sombras da criatura,
Renascida das cinzas tristezas da alegria!
Mais que a chuva que lava nosso lamento,
É sem formosura outro dia lento e nascido,
Como beleza, que ás vezes é sem sentido,
Tem um gosto de traição em teu juramento.
Morra em prantos mas, não te falte a certeza,
Ao que não se crê da tua indômita ignorância;
Serás tu crucificado, em exposura da tristeza.
Começou o fim do mundo, sem a excelência;
No sumir dos seres vivos, mostramos pobreza,
A cada passo e horas da nossa incompetência!