Embriago-me...
Embriago-me de tua ausência gota a gota
Como um veneno que me entra pela boca
Cada gota acida por dentro me queimando
Pouco a pouco por inteiro me matando
Embriago-me de tua ausência neste instante
Absorvo-a toda e por completo
Mantenho-te aqui a luz do ausente
Já que não posso trazer-te para perto
Lhe ter ausente é uma tortura
Mas não lhe ter é ainda bem pior
Isso pode até parecer loucura
E por que não digno de dó
Mas embriago-me de todo esse sofrimento
Apenas para mantê-la viva, aqui dentro...
*Sonetos Livres - porque regras foram feitas para serem quebradas*