PARADEIRO
Odir Milanez
Paro o meu passo ao peso que me cansa.
O sol assombra a sombra que existia
nessa estrada resseca d’esperança,
curta demais para gerar poesia.
Paro o meu passo. Pássaros procuro.
Falta a flora floral, faltam fruteiras.
Faltam fontes de tudo o quanto é puro,
sobram surtos de moscas-varejeiras.
O caminhar me cansa. Paro os passos
nessa estrada despida de lembrança.
O amor por aqui não faz jornada.
De lonjura letal aos membros lassos,
é resseca demais para a esperança,
é caminho do nada para o nada!
JPessoa/PB
05.11.2011
oklima
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Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor...