Temperamental
Deixe sangrar até morrer a fome
Não morra em vão o teu coração
Amostras da solidão de um irmão
Bravura enorme do mal que consome.
Deixe que morra a mentira que sentira
No pesadelo da carne o amor imortal
Das trevas absolutas sai o ódio real
Anomalia do ser que caminha partira.
Ao redor da dor um desamor em tremor
Pelas lascivas senhoritas do vil amor
Na pele um torpor incontrolável.
Nos olhos o brilho da revolta tida
Escondida nos recônditos o afável
Demônio da procriação repetida.