SONETO DO CARAMUJO HUMANO

Andava me ocultando pelas ruas em vez.

Enquanto ela passava sorrindo e altiva,

Qual fosse eu o culpado no que me fez,

E ficar em medo do olhar que não me via.

Nessa estúpida forma de ser e de vida,

Caramujo humano que me tornara,

Já confundia as ideias e as medidas,

Em uma dor maior que a suportada.

Meu Deus! Como demorei a sair dessa casca,

Que não só me prendia, mas também sufocava,

Enquanto ao ar livre ela vivia a correr.

Larguei este estado mais que rastejante,

Não querendo mais esta vida humilhante,

Quero novo horizonte, cansei de morrer.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 05/11/2011
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