INEVITÁVEL ENTERRO

Se sou farinha do mesmo saco,

Milho da mesma espiga,

Carta do mesmo baralho,

Por que ainda me instigas?

Deixa-me de lado,

Dê de ombro, por cima,

Sendo castigado,

Mostrando-me minha sina.

Só não me confunda,

Ou o barco afunda,

Mar de desespero.

Confias ou desistas,

Assintas ou assistas,

Nosso, inevitável, enterro.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 05/11/2011
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