"FINAL DOS TEMPOS"
Não há mais sol para aquecer a Terra agora fria.
Seus raios ‘ultravioletas’ já não podem lhe atingir
Bloqueada por uma super poluição, a vida se esvazia,
Mas resiste enquanto um átomo de oxigênio existir.
Não há mais noite ou dia, apenas se marcam as horas.
As estrelas se esconderam; a lua, há muito sumiu.
O tempo em escombros, a destruição vigora,
Deflagrada pelos ímpetos que a razão não ouviu.
Não há flores vivas, nem emoções mais fortes,
Suplantadas por interesses que não previram as mortes,
Nem se quer lhes acordaram os entes das próprias famílias.
Não mais nem um deus a se pedir ajuda,
Pois o final dos tempos foi a decisão de algum judas
Que nem ao menos teve as moedas nessa partiha.
(ARO. 1996)