RESTAURAÇÃO
Quisera, em alvoroço, dilacerar-me o outono
e repisar afável o meu destino já concluído
e constatar minhas campinas em abandono
no velho cemitério dos amores entorpecidos.
Pois reprimi sonhos dourados em baús de vime
e guardei, com fúria, o tesouro dos planos.
Mantenho viço o egoísmo, quem me redime
— quem desvanece o arco-íris dos meus anos.
Remorsos, pendurei-os no véu, no absoluto.
Não ressinto a oblíqua tarja posta de meu luto
entremeio nós dois, a estrela e o alento...
...Saíra despida apossar-se dos meus segredos
e rescindir o tempo e o sopro; mas só lhe concedo
restaurar — desatento amor — os meus fragmentos.
Quisera, em alvoroço, dilacerar-me o outono
e repisar afável o meu destino já concluído
e constatar minhas campinas em abandono
no velho cemitério dos amores entorpecidos.
Pois reprimi sonhos dourados em baús de vime
e guardei, com fúria, o tesouro dos planos.
Mantenho viço o egoísmo, quem me redime
— quem desvanece o arco-íris dos meus anos.
Remorsos, pendurei-os no véu, no absoluto.
Não ressinto a oblíqua tarja posta de meu luto
entremeio nós dois, a estrela e o alento...
...Saíra despida apossar-se dos meus segredos
e rescindir o tempo e o sopro; mas só lhe concedo
restaurar — desatento amor — os meus fragmentos.