... ÍNFIMAS LUZES .....
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Ó tempo que desfolha os meus dias
Andando na cegueira com seu rastro,
Qual barco à deriva, sem ter mastro,
Nos mares mais profundos, maresias...
... D’onde vens amiúde, em surdina?
Trafegas em caminhos flutuantes,
Nas vagas deste mundo, nos instantes,
Que ficam para trás... Que triste sina!!!
Ó tempo em desespero, obstinado,
Vais-te na correria te apagando
Sequer deixa comigo ínfimas luzes!....
Já tenho na idade, um bom punhado;
Já ando muito lento, vou cansado;
Por que tu não carregas minhas cruzes???....
Aarão Filho
São Luís-Ma, 03 de Novembro de 2011.