Destino
Leva-me assim, indiferente a tudo.
Alheio aos meus prazeres, minhas dores...
Seguir-te-ei, humilde, enquanto fores
O guia meu, no meu caminho rudo.
Leva-me assim, escravizado à sorte,
Dobrado ao jugo teu, ao teu desejo,
Pois meu futuro não vislumbro ou vejo,
Sou nau perdida a velejar sem norte...
Que valem, pois, o desespero o pranto,
Tédio ou revolta, que aniquilam tanto
E os dias nossos céleres consomem?!
Por isso, humildemente, a ti me entrego.
Tu és o guia deste pobre cego...
És o destino, e eu nada mais que um homem...
(escrito em janeiro de 1963)
Leva-me assim, indiferente a tudo.
Alheio aos meus prazeres, minhas dores...
Seguir-te-ei, humilde, enquanto fores
O guia meu, no meu caminho rudo.
Leva-me assim, escravizado à sorte,
Dobrado ao jugo teu, ao teu desejo,
Pois meu futuro não vislumbro ou vejo,
Sou nau perdida a velejar sem norte...
Que valem, pois, o desespero o pranto,
Tédio ou revolta, que aniquilam tanto
E os dias nossos céleres consomem?!
Por isso, humildemente, a ti me entrego.
Tu és o guia deste pobre cego...
És o destino, e eu nada mais que um homem...
(escrito em janeiro de 1963)