.... LÁGRIMAS.....

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E foi então, amor, que te vi, nua,

Nos prantos mais jocosos, transparentes,

Despida pelas lágrimas frementes,

De ti e dos teus sonhos, pela rua...

Corrias sem a roupa, feito a lua,

Sem véu e sem grinalda reluzentes;

Nos árduos lacrimais mais descontentes,

Nas várzeas da tu’alma, toda crua...

O choro te despiu; mostrou-te bela,

Humilde, sem a face da arrogância;

Ah, foi-me este dia milagroso!...

E, sempre que te vejo, na janela

Do amor, da singeleza, sem a ânsia,

Eu fico apaixonado, langoroso...!

Aarão Filho.

São Luís-Ma, 03 de Novembro de 2011.

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 03/11/2011
Reeditado em 08/11/2011
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