Desagua.

Desagua esse dia teu e meu, que arrebenta-se em risos...

Ou desabrocha sem emoção, ele desagua nas águas do mar: rebelde.

Desagua este dia, que viveu e morreu nas vinte e quatro horas,

Todos os desavisados arriscaram-se neste dia, que agoniza...

E o universo só se expande e nada mais, nem pensa nisso...

Ele tem sua funcão, ele reina, ou não. O dia apenas passa...

Ele entorna tudo, ele adorna o obscuro, e nem vê o malsão.

Ele é dia, e sabe disso, mas sem sol, sem lua, ele nem revive.

Ele oportunizará outros momentos, talvez, amanhã....viçoso

Com frio, ou com calor, ele vem cumprir sua missão de ser DIA.

Eu e vocês já somos seus escravos, seus súditos, e aí...

Aí, acho eu, sem corpo, e sem alma, talvez, não precisemos...

Desse dia, dessas vinte e quatro horas inabaláveis, repetidas...

Mas finitas....

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 03/11/2011
Código do texto: T3315646
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