Desagua.
Desagua esse dia teu e meu, que arrebenta-se em risos...
Ou desabrocha sem emoção, ele desagua nas águas do mar: rebelde.
Desagua este dia, que viveu e morreu nas vinte e quatro horas,
Todos os desavisados arriscaram-se neste dia, que agoniza...
E o universo só se expande e nada mais, nem pensa nisso...
Ele tem sua funcão, ele reina, ou não. O dia apenas passa...
Ele entorna tudo, ele adorna o obscuro, e nem vê o malsão.
Ele é dia, e sabe disso, mas sem sol, sem lua, ele nem revive.
Ele oportunizará outros momentos, talvez, amanhã....viçoso
Com frio, ou com calor, ele vem cumprir sua missão de ser DIA.
Eu e vocês já somos seus escravos, seus súditos, e aí...
Aí, acho eu, sem corpo, e sem alma, talvez, não precisemos...
Desse dia, dessas vinte e quatro horas inabaláveis, repetidas...
Mas finitas....