"TEMPO, O BALANÇO DA VIDA"
E o Tempo não para... Que desperdício!...
Ele é abstrato sob a forma de vícios
Que se roubam e se perseguem com insistência,
Mas que não se acham, nem se o fazem conveniência.
Ele é curto ou é longo. Ele é a espera ansiosa.
Invisível aos olhos, e que de forma enganosa
Ele vem e vai sem dar satisfação, nem aviso de hora,
Aliás, ele se faz como tudo que desgosta e vai-se embora.
Mesmo sem tê-lo, ninguém quer perder seu pavio,
Pois ele é o começo, é a continuidade e o desvio.
Ele se assume e se conforta e se faz de todo necessário.
É ele o Mistério Divino do qual o homem se torna arredio?
Não importa, conquanto não seja contrário
Aos propósitos da vida, nem lhe seja temporário.
(ARO. 1995)