"TEMPO, O BALANÇO DA VIDA"

E o Tempo não para... Que desperdício!...

Ele é abstrato sob a forma de vícios

Que se roubam e se perseguem com insistência,

Mas que não se acham, nem se o fazem conveniência.

Ele é curto ou é longo. Ele é a espera ansiosa.

Invisível aos olhos, e que de forma enganosa

Ele vem e vai sem dar satisfação, nem aviso de hora,

Aliás, ele se faz como tudo que desgosta e vai-se embora.

Mesmo sem tê-lo, ninguém quer perder seu pavio,

Pois ele é o começo, é a continuidade e o desvio.

Ele se assume e se conforta e se faz de todo necessário.

É ele o Mistério Divino do qual o homem se torna arredio?

Não importa, conquanto não seja contrário

Aos propósitos da vida, nem lhe seja temporário.

(ARO. 1995)

Profaro
Enviado por Profaro em 03/11/2011
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