Soneto de Cavalaria
Envolta em meus braços dormia
A mais casta e ingênua das flores
Enquanto suspirava se esquecia
Dos infernos íntimos e das dores
Sua tez embranquecida,descorada
Revelava sua tortura tão imensa
Enquanto em meu regaço embalada
Desprendia-se de se beleza intensa
Tanto medo ressaltava-lhe a tristura
Numa devoção apavorante de loucura
Encontrava em mim seu cavaleiro
Era eu seu príncipe desprovido de armadura
Conselheiro fiel de sua ventura
Seu eterno e nobre companheiro