Espelho de duas vidas
Espelho de duas vidas
O luar atrevido invade caprichoso a alcova macia
Mostrando o lençol alvo sem uma dobra sequer
Vislumbrando na janela a silueta d’ma mulher
Envolta num abraço apertado cheio de ousadia
Nenhuma dobra resiste ao querer da “sinfonia”
Que estremece com beijos e ama quando quer
Do jeito que gostas... num ambiente qualquer
Percorrendo teu corpo com sádica rebeldia
A lua esconde-se entre nuvens envergonhada
Da luxúria voejando sem pudor embriagada
Nas asas do desejo estonteado como vinho...
Néctar divino que explode em torvelinho
Momento supremo, condução segura à lassidão
Espelho de duas vidas no momento de paixão.
Norma Bárbara