Tormenta
No meu silêncio se faz olvido
Minha pobre alma em tormenta
No peito um coração sofrido
Numa calma que em ti rebenta
De que vale curar-se o pranto
Fado, ao coração que intentou amar
Se replicar amor em desencanto
Só novamente, haveria de chorar
Assim, se torna a velha sina
De sofrer vida, desejando morte
Nesta desventura, se faz ruina
Singular desgraça, tormenta, má sorte
Melhor, há de ser eternamente carpir
Do que, me apetecer com o teu sorrir....