A Virgem Louca
Amante do diabo em sonho abjeto
As melenas rebeladas ao vento,
E um olhar ferino, mordaz e atento...
Amargo fruto de embriaguez decrépito.
Menina moça insana e desgraçada;
Na ciente ferida no peito um ninho;
Vaga por aí infeliz pelo caminho
Numa ciranda de aflição passada.
Sei agora da sua inglória, vil e inerme.
Como uma cena de horror tenebrosa
O mal impregnando o ser como verme.
Sarcasmo, vício guarda a temerosa...
Razão triste da anímica epiderme
O olhar profundo na fronte penosa.