Opus 63
Um serafim na aurora o jasmim em mim
Lucrécia sirena da coma escura
Demócrito da palavra tão dura
Arguido ao banho de sangue sem fim.
Um Bach da melodia a esperança
Em Mozart da alegria de criança
Nas escolhas de Wagner a emoção
Na música de Haydn o coração.
De Haendel a tradição germânica
Em Schubert a elegância tirânica
Um Debussy de notas sem igual
No bolero um Ravel espiritual
Nas marcações de Verdi a ópera
E de Chopin a tristeza que opera.