SUSSURROS D'ALMA
SUSSURROS D’ALMA
Envia-me a alma na carta e vem tu com ela;
o corpo e o rosto me manda em fotografia.
Lerei tua alma para sentir a energia,
meigo sorriso deixa a face ainda mais bela.
Me vem de tão longe a mais doce melodia;
ao telefone, sussurros a alma revela.
Com tanta distância o coração se rebela
porque a voz que canta o teu canto é poesia.
Há embriões de almas gêmeas no ventre do tempo;
se encorpa a felicidade em saúde e viço;
alimenta-se com seiva de amor e alento.
Sem olho gordo surge indolor, sem enguiço,
um doce amor que cresce momento a momento.
Com meiguice há de ser terno – um doce feitiço.
Afonso Martini – 011111