"MOMENTO DA VERDADE"
Não posso jamais concordar
Com quem diz: tudo são flores.
Não posso nem imaginar
Alguém servir a dois senhores.
Não me apetece a sobremesa
Após me fartar a refeição,
Como não me concebo a tristeza
Que não venha do coração.
Indigna-me falar de paz
Ameaçando com a guerra.
Enfim, nada disto me satisfaz.
De que vale a dupla personalidade
Se somos pó, e viemos da terra,
E ela será nossa verdade!...
(ARO. 1991)