TUDO ZEN
É com o sangue que corre em nossas veias
Que construímos a nossa paz, a calma,
E amansamos a nossa torturada alma;
E vemos a ilusão transformar-se em teias,
Nossas pesadas galochas, em frágeis meias;
E desarmamos os espinhos da palma...
É com silêncio que o espírito se acalma
E faz do jejum um paraíso de fartas ceias...
Na vida, tudo pode tomar um novo caminho:
De uma distância, pode brotar um carinho;
Do nada, pode nascer o amor transparente,
Basta nós deixarmos o amor virar semente,
E transformarmos o nosso sangue quente,
No leve pouso de um tranquilo passarinho.
(VictorAMPinheiro)