Na demência da paixão
(O brado d’ Ela)
Eis na imensidão do amor, tremente
A plenitude da voz, que petrificada
Ficaste em meu peito. E imaculada
Ressurge a nossa paixão eloquente...
Eis que se intui o algoz, e dependente
Ficaste a seu coração. Edenizada,
Rompe-se a canção, que crucificada
Se‘stende à boca de toda a gente...
Ouvido o sussurro dos céus, benditos,
Eis aos loucos sentimentos aflitos
Os ecos penitentes de todo o rumor...
E na vastidão de nossas vozes, frias,
Eis que ressurge o ardor, e as orgias
A nos incendiar novamente o amor!
(Poeta Dolandmay)