Fuga
Fuga
Adormecendo entre os braços quentes da paixão
Fogoso amor entrelaça corpos sedentos
Singular prenúncio de arrebatadores momentos
Numa fuga orvalhada dos caminhos da solidão
Chuva de estrelas prateando cada emoção
Mãos bailando, beijos sufocando suspiro lento
Umidade da pele transpirando mil sentimentos
Desnudando inconsciente os segredos do coração
Mechas molhadas espalhadas num peito arquejante
Nas veias, sangue singrando assaz errante
Languidez de almas em esporádico abandono
Ah, fuga... Entras num sonho onde nada tem dono
Aconchega-se nesse mar loucamente sonhado
Desaguando os desejos desse amor tão amado.
Norma bárbara