AINDA É CEDO

Não encerres ó tempo, minhas saudades!

Pois, nelas estão lembranças que preciso,

Cercada de muitas glórias e preciosidades,

Deste chão que meus últimos dias eu vivo...

Não enterres o que sobrou da minha alegria;

Deixe-me lento sumir, na minha esperança,

Para ser recordado ao acordar na nostalgia,

Das paixões pela vida quando desde criança...

Apenas chorem e por mim, dos tempos idos,

Mas, sem a tristeza dos sentimentos vazios,

Pois, no meu céu vossos dias serão coloridos.

Não esqueçam agora o preço dos meus brios,

Pois, de vocês fiz parte deles, meus queridos,

Nesses tão breves anos apagados como pavios.

Setedados
Enviado por Setedados em 01/11/2011
Reeditado em 03/07/2012
Código do texto: T3310135
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