AINDA É CEDO
Não encerres ó tempo, minhas saudades!
Pois, nelas estão lembranças que preciso,
Cercada de muitas glórias e preciosidades,
Deste chão que meus últimos dias eu vivo...
Não enterres o que sobrou da minha alegria;
Deixe-me lento sumir, na minha esperança,
Para ser recordado ao acordar na nostalgia,
Das paixões pela vida quando desde criança...
Apenas chorem e por mim, dos tempos idos,
Mas, sem a tristeza dos sentimentos vazios,
Pois, no meu céu vossos dias serão coloridos.
Não esqueçam agora o preço dos meus brios,
Pois, de vocês fiz parte deles, meus queridos,
Nesses tão breves anos apagados como pavios.