PRIMEIRO ENGANO
Pela primeira vez não temo o azar
Que destruiu meus cálidos amores,
Que fez murchar as minhas belas flores
Que nasceram em mim, sem eu plantar.
É diferente agora... Sinto no ar
O gosto e o cheiro dessas lindas cores,
Que te perseguem para onde fores.
Que me incentivam a bem mais pintar...
Ora, não pode haver azar contigo,
Tu és exatamente quem persigo
Por toda minha vida e minha morte...
Já nascem novas flores no meu peito,
Num ramalhete dou-te... Fui eleito...
Vê meu Amor, que sorte... Quanta sorte...!