Voltar
A gente nasce mui humilde e pobre,
Numa qualquer cidade, vilarejo...
Torna-se moço e seu maior desejo
É ter riquezas, posição, ser nobre...
Deixa seus pais e a terra em que há nascido;
Irmãos, amigos seus, tudo afinal,
E, ao termo de uma luta desigual,
Não sabe se venceu ou foi vencido...
E, enquanto o tempo inexorável passa
E a vida vai perdendo encanto e graça,
aumenta o seu desejo de voltar..
Voltar ao seu torrão, ao povo amado...
E entre as esguias sombras do passado,
Ser uma sombra errante a caminhar...
(Escrito em fevereiro de 1962)
A gente nasce mui humilde e pobre,
Numa qualquer cidade, vilarejo...
Torna-se moço e seu maior desejo
É ter riquezas, posição, ser nobre...
Deixa seus pais e a terra em que há nascido;
Irmãos, amigos seus, tudo afinal,
E, ao termo de uma luta desigual,
Não sabe se venceu ou foi vencido...
E, enquanto o tempo inexorável passa
E a vida vai perdendo encanto e graça,
aumenta o seu desejo de voltar..
Voltar ao seu torrão, ao povo amado...
E entre as esguias sombras do passado,
Ser uma sombra errante a caminhar...
(Escrito em fevereiro de 1962)