Voltar

A gente nasce mui humilde e pobre,
Numa qualquer cidade,  vilarejo...
Torna-se moço e seu maior desejo
É ter riquezas, posição, ser nobre...

Deixa seus pais e a terra em que há nascido;
Irmãos, amigos seus, tudo afinal,
E, ao termo de uma luta desigual,
Não sabe se venceu ou foi vencido...

E, enquanto o tempo inexorável passa
E a vida vai perdendo encanto e graça,
aumenta o seu desejo de voltar..

Voltar ao seu torrão, ao povo amado...
E entre as esguias sombras do passado,
Ser uma sombra errante a caminhar...


(Escrito em fevereiro de 1962)
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 31/10/2011
Reeditado em 31/10/2011
Código do texto: T3309265
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