Pela fresta

Guaritas de bom-dia

entre carros se dizia

sobrevida zela o chão

brilha cera e solidão.

Da janela vê-se fios

ligam luz apagam rios

do concreto quebra-mar

cor-fumaça espesso lar.

Nessa ilha gradeada

porta sépia e escorada

palavras de elevador.

São cárceres da memória

escombros de toda estória

flagelos de um sonhador.

Poema publicado também na página pessoal do autor Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com).