SONETO (O SER)
Tens um bloco de terra enrijecida,
Tens a água p’ra que a possas modelar,
Tens a ciência que te está absorvida,
E segredos que não podes revelar.
E no pó que por tua mão então molhastes,
Faz-se o molde para cópias parecidas,
Sem que nunc’ hora houvesse em que falhastes.
Mas só importou a ti veres assumidas
Tarefas; modos e comportamento,
Escreverias todos os teus mandamentos,
Mas o homem trocou-te p’la alegoria.
E o ser, d’água, pó e o teu sagrado vento,
Na hipocrisia, o criador el’ desafia,
Pensa ser Deus, e é o escravo do tormento...
29/12/2006
Tens um bloco de terra enrijecida,
Tens a água p’ra que a possas modelar,
Tens a ciência que te está absorvida,
E segredos que não podes revelar.
E no pó que por tua mão então molhastes,
Faz-se o molde para cópias parecidas,
Sem que nunc’ hora houvesse em que falhastes.
Mas só importou a ti veres assumidas
Tarefas; modos e comportamento,
Escreverias todos os teus mandamentos,
Mas o homem trocou-te p’la alegoria.
E o ser, d’água, pó e o teu sagrado vento,
Na hipocrisia, o criador el’ desafia,
Pensa ser Deus, e é o escravo do tormento...
29/12/2006