Aos clamores do clarim,
sem o temor da investida,
meus heróis de chumbo, enfim,
davam vida à minha vida!

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MEUS SOLDADOS DE CHUMBO!
Odir Milanez


Às vitórias demais acostumados,
batalhamos, na infância, mil batalhas.
Nas rajadas rompantes das metralhas,
eram heróis de chumbo os meus soldados!

Em seus peitos prendi muitas medalhas.
Nos após-guerra, sempre aos meus cuidados,
refiz pernas e braços decepados,
das armas concertando as fortes falhas.

Às vezes ouço a voz do comandante
mas a tropa de chumbo não responde
à ordem de marchar, seguir avante!

Não é que o pelotão teme e se esconde:
estão aprisionados, nesse instante,
na caixa que guardei não sei aonde...

Mas só me basta que algum tiro estronde
para lembrar de chumbo cada infante!

JPessoa/PB
30.10.2011
oklima





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Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor...
oklima
Enviado por oklima em 31/10/2011
Reeditado em 31/10/2011
Código do texto: T3307800
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