Delirio

Delírio

O sabor salgado d’ma lágrima quente rolando perdida

Desenha a trajetória da saudade que arde no peito

Molhando o cantinho da entreaberta boca sem jeito

Contornando todo rosto como se fosse uma avenida

O gosto dessa gota n’alma carente e ressequida

Arrepia a pele ,vibra no coração inquieto em trejeitos

Navegando insana na estátua da saudade esculpida

Num intenso querer revolvendo impiedosa a ferida

Sonhos adentram o presente em burburinho

Numa euforia impertinente sufocando a razão

Como garras pontiagudas ferem e beija o coração

Amplexos de nuvens incendiadas de carinho

Farfalham em delírio pelo corpo em chamas suado

Revivendo a história d’m amor tão loucamente sonhado

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 30/10/2011
Código do texto: T3306991
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