A PROMETIDA
A PROMETIDA
Do vento ouço as vozes, carrancudos espinhos,
Sibilantes, anunciando tempestade.
Em meu peito uma vaga bonança – saudade
Da mulher que me prometeu doces carinhos.
Preciso escutar sua voz – suavidade.
Se teclo seu número dá enguiço na linha.
Vou pensar que o cupido descansa a caminho,
para adiar, assim, nossa felicidade.
Não tenho como saber – preocupações.
O tempo consome a paciência e perdura,
Quiçá apertando os laços de dois corações.
Quisera agora presente a vida futura,
De amor e meiguras e reais emoções;
beijos, carinhos, carícias, mimos, ternura.
Afonso Martini - 291011