PUNHAL DE PRATA, SANGUE SAUDADE.

Queria não ter que admitir da minha dolência,

Essa sensação formando no peito uma acéquia,

Que pende a romper por sentir tua ausência,

Que em mim tal sentir já se tornou relíquia.

Porém em ato contínuo e involuntário,

Musculo apaixonado controla-me e pulsa,

Infringindo-me das vontades o contrário,

E de mim a força de esquecê-la expulsa.

Punhal de prata judia e apunhala vontade,

Judas de mim me entrega em falsa lealdade,

Expondo um frágil fingido forte, sonhador.

Janelas da face em chuvas de saudades,

Brilha-me mais intenso o punhal da verdade,

Sem sangue, agora nas mãos do meu amor.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 30/10/2011
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