Soneto 1408
Pelas ruas vai nua a tua alegria
Juliana dos sabores seus amores
Vistas das listas analistas e dores
Na fé enrugada que invade o dia.
Perpétuo querer renascer o poder
Singela prosa que chora e ri de si
Para esconder o que aqui eu perdi
Maleitas terçãs de ontem ao amanhecer.
Um quarto maldito no triste fim
Teimosia que queima a criatura
Do berço eterno até a sepultura.
Sangrar até morrer naquele quarto
De maldições e mortes ao enfarto
Pranto interminável do Serafim.