desprendem-se clamores nas cruzes erguidas
sobre vãs esperanças e sonhos frustrados...
quedam abissais sonhos de idades vencidas
em as ardentes câmaras d'outro Finados!
 

esperanças jovíssimas, acolchoadas
nas catedrais da fé, pranteiam hinos sagrados:
roseirais e hortências piamente douradas, 
tecidas de rosários gastos, enviuvados.

 
das covas entreabertas erguem-se sacrários
de prantos. Pelas hóstias de muitas saudades
ouvem Anjos dos Céus, Divinas Potestades!

 
E da altaneira Cruz dos vastos campanários,
por Missal milenário nos abismos de Hades,   
nasce Altar Cristianíssimo de eternidades.

Carlos Fernandes
Enviado por Carlos Fernandes em 28/10/2011
Reeditado em 30/10/2011
Código do texto: T3304106
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