QUANDO EU ERA PURO
Horas idas...em que eu penso agora
Quando o silêncio medita em minha mente,
E a paixão em meu peito se aflora...
E as idas horas me vêm tão de repente...
E levam-me ao encanto de um menino
Que fitava uma criança em puberdade,
E que também era criança, na verdade...
E que olhava os seios doces e divinos
Da amiguinha que se banhava ao riacho,
E que eu também pulava ao mesmo poço;
E ela perguntava o que eu acho
Do tempo que fica mergulhando...
E eu, sem me ater ao seu esboço,
Não via o seu pudor, mesmo a fitando.