MATRIZ

Ah, não fosse em vão, quem sabe até feliz,

Sem o teu amor, viver a triste vida.

Ter a diretriz correta da partida,

Mas perder o siso e a meta que bem quis.

Ah, se fosse amor, a escolha preferida

E não mais restasse em mim, da dor, raiz,

Pois, se por um triz, a luz não mais bendiz,

Sobra-me afinal buscar nova guarida.

Guarda o coração, matriz do amor que tive

E sem mais razão, persiste esta lembrança,

Qual a ferro e fogo, em mim fosse gravada.

Mas no fundo sei que não adianta nada...

Este meu presente é lúcido e me lança

Sempre e sempre além – além desse declive.

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