Se-mente ou Uma prece
Ô castanheira, viril é teu porte
no ouriço de parte vem ver-o-peso
Sabor em minh’alma, zelo da hoste
pecado e fruto sumo do surpreso.
Ô morena que rompes meu trote
Semeie açaí em tudo que plantas
O doce do ontem amarga na glote
O crivo da vida, colher o que amas.
Ô chuva que trovoas a morte
Desbrave o céu no voo de altares
Ecoe Amazônia terçado sem corte.
Ô arrepio, acalento do norte
Arraste tuas folhas e pesares
Com a força de sê-la tua sorte.
Poema publicado também na página pessoal do autor, blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com).