Sempre Ana
Pelas portas desconexas ensejas
Jaz um monumento com a alcunha Ana
Praiana cigana de olhos lindos beijas
Vaga pelo sonho incerto e engana.
Menina moça de lábios encantadores
Pantera no corpo de fera a espera
De um amor que tarda nessa paquera
Sorriso perfeito na luz os amadores.
Melodia de esparsos sinais incendeia
O caminho dos amores nas dores
Tempera a agonia da caça na veia.
Vísceras quase fora na impaciência
Da moça que anda a conquistar o amor
Dos homens escravos seus no sabor.