"QUESTÃO DE TEMPO"

Há horas em que a gente se sente o pivô:

Desagravo de alguma ligação familiar;

Um elo enferrujado, sem qualquer valor;

Uma pedra no caminho de quem quer caminhar.

Há horas que não se sabe o certo nem o errado,

Pois tudo é confuso, nem a mente sugestiona:

Ela se turva e o corpo se vê atropelado;

Ela se desliga e alguém se decepciona.

Há horas em que a hora é de saudade

Guardando emoções, algumas até ressentidas,

Mostrando o que se leva dessa vida.

Há horas em que tudo é questão de tempo,

Tanto na alegria quanto no desalento:

Horas amargas... Horas felizes... Horas da verdade...

(ARO. 1994)

Profaro
Enviado por Profaro em 27/10/2011
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