"QUESTÃO DE TEMPO"
Há horas em que a gente se sente o pivô:
Desagravo de alguma ligação familiar;
Um elo enferrujado, sem qualquer valor;
Uma pedra no caminho de quem quer caminhar.
Há horas que não se sabe o certo nem o errado,
Pois tudo é confuso, nem a mente sugestiona:
Ela se turva e o corpo se vê atropelado;
Ela se desliga e alguém se decepciona.
Há horas em que a hora é de saudade
Guardando emoções, algumas até ressentidas,
Mostrando o que se leva dessa vida.
Há horas em que tudo é questão de tempo,
Tanto na alegria quanto no desalento:
Horas amargas... Horas felizes... Horas da verdade...
(ARO. 1994)