VIDA SEM RUMO

VIDA SEM RUMO

Está sonolenta a maravilhosa vida.

Corpo e alma sem os estímulos do carinho,

chorosos, reclinados em seu pobre ninho,

brincam de solidão, sem fazer alarido.

Pra quem lhes lê a alma nota seu desalinho,

porque há em seu humor uma tristeza descabida,

herança de momentos da vida vivida,

tropeçando em êneas pedras em seu caminho.

Triste é o final de um novo ciclo amarrotado;

preocupantes as doçuras das benesses.

São tormentas com vendavais amalgamados.

Se o coração segue o fluxo dos interesses

e vê no final seus benquereres frustrados,

luzes da ribalta se apagam na quermesse.

Afonso Martini - 261011

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 27/10/2011
Reeditado em 27/10/2011
Código do texto: T3300778
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