O AMARGOR DA VIDA
Tudo inicia-se numa luz, num pranto
Ao conceber-nos a madre em acres dores
Que seguem a vida num látego, no entanto,
Entre as quais amargam as flores.
E nasce o homem, o ser humano,
Como o botão que desabrocha n´aurora
Depois de aberto um sopro insano
O arrebata sem prévio aviso, nem demora.
De todas as obras e ações que fizera
Vão esquecidas na mesma esfera,
Cujas flores já não são mais lembradas.
Pois vem a constante brisa outonal
Sobre os ciprestes à beira abismal;
Levando as folhas soltas, amarguradas.
(YEHORAM)