O AMARGOR DA VIDA

Tudo inicia-se numa luz, num pranto

Ao conceber-nos a madre em acres dores

Que seguem a vida num látego, no entanto,

Entre as quais amargam as flores.

E nasce o homem, o ser humano,

Como o botão que desabrocha n´aurora

Depois de aberto um sopro insano

O arrebata sem prévio aviso, nem demora.

De todas as obras e ações que fizera

Vão esquecidas na mesma esfera,

Cujas flores já não são mais lembradas.

Pois vem a constante brisa outonal

Sobre os ciprestes à beira abismal;

Levando as folhas soltas, amarguradas.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 26/10/2011
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T3298885
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