INCLEMÊNCIA

Um fim de tarde, como todos, triste.

A memória resolve repousar

Nos momentos que nunca vão voltar,

No Amor ubíquo que não mais existe...

A dor exibe seu punhal em riste,

Os olhos não se cansam de chorar,

A noite se derrama sobre o mar

Que afogar meus anseios inda insiste...

E chega a madrugada... Tantos versos...

No escuro eu a procuro em universos

Feitos de sonhos, feitos de uma ausência

Que vai levando o resto desta vida...

A manhã chega em tom de despedida,

Carregada nas asas da inclemência...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 25/10/2011
Código do texto: T3297810
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