INCLEMÊNCIA
Um fim de tarde, como todos, triste.
A memória resolve repousar
Nos momentos que nunca vão voltar,
No Amor ubíquo que não mais existe...
A dor exibe seu punhal em riste,
Os olhos não se cansam de chorar,
A noite se derrama sobre o mar
Que afogar meus anseios inda insiste...
E chega a madrugada... Tantos versos...
No escuro eu a procuro em universos
Feitos de sonhos, feitos de uma ausência
Que vai levando o resto desta vida...
A manhã chega em tom de despedida,
Carregada nas asas da inclemência...