DOBRAR DOS SINOS
Ao olhar-me no espelho que me nega o ontem,
Quando o hoje é um fugaz lampejo deste agora,
Contemplo a rubra face que já se descora
Nas cortinas da vida que as retinas rompem.
Por mais que o tempo a vida avance e os anos contem,
Histórias há de haver na memória onde mora
A saudade indelével, esta gentil senhora,
A trazer-me à lembrança o que fui anteontem.
Anos são asas. Pétreas contas de um rosário
Contam-me apenas três dezenas desta vida,
Com mais dois anos, trinta e dois dobres dos sinos,
Que à luz do espelho tocam o meu aniversário
Co' esta Poesia, dentre todas escolhida,
Solenemente em versos d'ouro, alexandrinos.
Brasília, 25 de outubro de 2011
Ao olhar-me no espelho que me nega o ontem,
Quando o hoje é um fugaz lampejo deste agora,
Contemplo a rubra face que já se descora
Nas cortinas da vida que as retinas rompem.
Por mais que o tempo a vida avance e os anos contem,
Histórias há de haver na memória onde mora
A saudade indelével, esta gentil senhora,
A trazer-me à lembrança o que fui anteontem.
Anos são asas. Pétreas contas de um rosário
Contam-me apenas três dezenas desta vida,
Com mais dois anos, trinta e dois dobres dos sinos,
Que à luz do espelho tocam o meu aniversário
Co' esta Poesia, dentre todas escolhida,
Solenemente em versos d'ouro, alexandrinos.
Brasília, 25 de outubro de 2011