"SEM PERSPECTIVAS"

Mergulho no passado, pelas lágrimas da história.

Regrido em segundos no tempo, data da iniciação.

Percebo a verdade, mas não concebo: é ilusória

A caminhada que vem pela falta de convicção.

Onde se deveria haver a decência e o pudor,

Até mesmo a palavra empenhada se tornou vazia;

Onde se deveria prevalecer a seriedade e o valor,

Nada foi preservado, parece um deserto de anistia.

Diante dos fatos, procuro espalhar a neblina

Que me esconde o futuro, e nele busco alguma razão

Para continuar a luta com honra e dedicação.

Outra decepção à frente, na vida se ilumina,

Pois a ausência é geral, e menos emotiva,

Porque Deus a abandonará, tornando-a ‘sem perspectiva’.

(ARO. 1996)

Profaro
Enviado por Profaro em 24/10/2011
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