Pandora
Nas áureas ruas de um planeta de outrora
Jaz uma existência letárgica incógnita
Nos subterrâneos da caixa de Pandora
Uma Circe trama contra o bem que orbita.
Meandros obscuros de certa senhora
Mortes que se cumprem na tez granítica
Flores do mal que nascem neste agora
Dores e odores dos senhores a única...
Deixe que morra o desespero de ontem
Morra aos poucos os prantos que sentem
Nos brados das folhas que caem antes.
Delírios da dama da noite dos pedantes
Bocas hiantes que tanto falam e mentem
Chagas dos sentidos que te desmentem.