ESTEIOS DA SAUDADE
ESTEIOS DA SAUDADE
Eram tempos de sonhos, mocidade...
O mar banhava calmo a branca areia.
Aquele olhar brilhante de sereia
já fincava os esteios da saudade.
Eram tempos de amor, de claridade...
Lá no céu caminhava a lua cheia
e, a meiga voz dos sinos sobre a aldeia,
já fincava os esteios da saudade.
Eram tempos de preces, procissões...
Os olhares furtivos passeavam
e embalavam os jovens corações
quando até nas igrejas se encontravam.
E as durezas da vida aos trambolhões,
da saudade, os esteios já fincavam.