MAIS ALÉM

Inda vivo a olhar o negro céu e cinéreo,

Nas densas brumas, num vulto frio,

Que da janela me saiu um ar sombrio:

O desejo de saber todo o mistério.

Não tem sentido, não tem muita glória,

Se a vida é só isto, (se não for mais além),

Porque tudo que aqui, se me convém,

Convinha que a morte não tivesse vitória.

Mas vi que o pobre, assim como o rico,

Não escapam deste fado, mesmo final,

Que a terra os reserva igualmente.

Por entre lages frias, eu suplico,

Que dos limites sepulcrais (seja o sinal):

O fim seja o começo e não o fim somente!

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 24/10/2011
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T3294982
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