"VALE A PENA"
Não vejo o sol, a lua, a estrela
Não vejo o mar, nem sequer suas ondas
Não vejo o sorriso, a lágrima, a dor
Não vejo o céu, a terra... nem sei quem sou.
Não sei o que é criança, adulto ou velho
Não sei se tem forma o coração no meu peito
Não sei se conforta não ver na escuridão...
Não sei se o consolo é não ver, nem me ocupar...
Não vejo, não quero mais saber deste momento,
Pois escuto, e este é o meu maior sentimento,
Ouvindo choros, não entendo se não se estão vendo...
Quanta virtude se tem de não se ver o real;
Quanta virtude se tem de só se ter informação;
Quanta virtude se vê ao se criar o próprio mundo!...
(ARO. 1989)